sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Ilustrações que viraram gente grande


A primeira edição da Mostra de Arte Contemporânea em Literatura Infantil (MACLI), apresentada pela Caixa Cultural aqui em São Paulo, está com os dias contados. Quem quiser conferir a exposição gratuita, que reúne 70 obras originalmente criadas para ilustrar livros infantis, precisa ser rápido. Mais precisamente agendar a visita monitorada até o dia 16/02.

A idéia do projeto é do artista multimídia Favish Tubenchlak, que acredita estar chamando a atenção para ilustrações que ganharam autonomia em relação ao livro a que se referem e uma qualidade técnica que as aproximava das artes plásticas.



Fora toda a riqueza de materiais usada pelos ilustradores, que foi transportada para grandes telas, a diversidade cultural é impressionante. Porque os artistas que assinam os desenhos trazem um pouco da história de seus países e referências de vida bem diferentes. 

Entre os brasileiros, além de Favich Tubenchlak, que apesar do nome e sobrenome nasceu em Niterói, estão Fernando Vilela e Renato Moriconi, já consagrados por aqui. Do grupo estrangeiro fazem parte Juliana Bollini (Argentina), Ofra Amit (Israel) e John Parra (Estados Unidos).



Para encurtar o papo, a exposição tem obras de cair o queixo, delicadas, criativas, como se saídas dos sonhos dos pequenos.  A impressão que fica é que a história, seja ela qual for, foi escrita a partir daquela junção de cores e rabiscos e não o contrário. E que os desenhos viraram coisa de gente grande.

Serviço: MACLI. CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro. De terça a domingo, das 9h às 19h. Tel.: 3321-4400. Livre. Local com acesso para pessoas com necessidades especiais. Até 16/02. Grátis

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mais quadrinhos: Turma da Febeca





O jornalista e ilustrador Victor Klier criou, em 2006, histórias em quadrinhos com personagens diferentes: A Turma da Febeca. No projeto, o artista, que já foi roteirista de Ziraldo, se debruça sobre o dia a dia de crianças e jovens com algum tipo de deficiência ou patologia. E também dá voz a personagens com características polêmicas para os padrões atuais, como mesmo define. Estão lá homossexuais, ateus e órfãos.

A ideia é super bacana porque o foco não está no vitimismo, mas sim nos conflitos engraçados que rodeiam pessoas que não deixaram de ser pessoas. Simples assim. Que têm amigos, estudam, fofocam, criam casos divertidos, aprontam e dão muita risada.

Como canta Ney Matogrosso "Todo mundo tem direito a vida; todo mundo tem direito igual". São as diferenças que dão colorido ao mundo.

Vale a pena conferir!

Porque as provas não provam...


Por Alexandre Beck