sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Minha mão esquerda

Canhotos: o domínio da mão esquerda



Texto Julia Contier
Fonte: (educarparacrescer.abril.com.br)

Foto: Nana Sievers
Foto: A criança já nasce canhota, destra ou ambidestra
A criança já nasce canhota, destra ou ambidestra

Até os anos 60, os canhotos eram castigados ou convencidos, de alguma forma, a trocarem de mão. Escrever com a "mão errada" era, desde sinal de desrespeito grave, até prova de dificuldade de aprendizado. Mas a medicina moderna e as novas teorias pedagógicas, de mãos dadas, derrubaram essas ideias falsas. Reconhece-se que a mão esquerda de um canhoto não é nada canhestra. E como as pessoas passaram a ter o direito de preferir o lado esquerdo, nos últimos anos o número conhecido de canhotos aumentou consideravelmente. Hoje, sabemos que cerca de 10% das pessoas são canhotas.


Mas, afinal, o que é ser canhoto? Canhoto é aquele que desenha, pinta ou escreve com a mão esquerda. Quem prefere a direita é chamado de destro, e quem usa as duas mãos é chamado de ambidestro. Ser canhoto ou destro é determinado, em grande parte, pela genética. Se os pais são canhotos, o filho tem de 45% a 50% de chances de ser canhoto também.

A preferência de alguém por um dos lados do corpo já é percebida desde cedo, mas essa escolha só estará definida por volta dos 6 anos. A escolha de uma mão deve ser um processo natural, diz a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto. "A criança não deve ser forçada, afinal, ela já nasce destra, canhota ou ambidestra. Essa característica é hereditária (passada de pai para filho) e deve ser respeitada", completa.

"Ser canhoto ou destro depende de qual lado do cérebro é o dominante. Destros têm o lado esquerdo dominante, enquanto nos canhotos é o lado direito", afirma a psicopedagoga. No cérebro, o lado esquerdo é responsável pela lógica, racionalidade, números e matemática. Já o lado direito é responsável pelas emoções, artes e imaginação. "A probabilidade de um canhoto que tem o lado direito do cérebro dominante ser mais voltado para o esporte ou para as artes é maior. Isso, porém, também depende da habilidade de cada um", ressalta.

Veja, a seguir, 5 dicas para melhorar a vida escolar dos canhotos:

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Amor visionário


A partir do dia 6/02, terá prioridade de tramitação processos de adoção de crianças e adolescentes com deficiência ou doença crônica. A ação está garantida por Lei. Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção existem 5406 crianças aptas à adoção e 30,1 mil pretendentes a pais em todo Brasil. Iniciativa grandiosa que merece ser amplamente divulgada.

Admiro muito pais que abrem seu coração para a entrada de um filho que não cresceu ali dentro. Mais ainda quando o gesto se estende a uma criança ou adolescente com necessidades especiais. Porque além das imperfeições físicas e dos laços sanguíneos, há um amor que não conhece limites. Daqueles que fazem germinar a esperança de verdes pastos num solo tão castigado pela secura de alimento e atenção. Um amor visionário. 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Ilustrações que viraram gente grande


A primeira edição da Mostra de Arte Contemporânea em Literatura Infantil (MACLI), apresentada pela Caixa Cultural aqui em São Paulo, está com os dias contados. Quem quiser conferir a exposição gratuita, que reúne 70 obras originalmente criadas para ilustrar livros infantis, precisa ser rápido. Mais precisamente agendar a visita monitorada até o dia 16/02.

A idéia do projeto é do artista multimídia Favish Tubenchlak, que acredita estar chamando a atenção para ilustrações que ganharam autonomia em relação ao livro a que se referem e uma qualidade técnica que as aproximava das artes plásticas.



Fora toda a riqueza de materiais usada pelos ilustradores, que foi transportada para grandes telas, a diversidade cultural é impressionante. Porque os artistas que assinam os desenhos trazem um pouco da história de seus países e referências de vida bem diferentes. 

Entre os brasileiros, além de Favich Tubenchlak, que apesar do nome e sobrenome nasceu em Niterói, estão Fernando Vilela e Renato Moriconi, já consagrados por aqui. Do grupo estrangeiro fazem parte Juliana Bollini (Argentina), Ofra Amit (Israel) e John Parra (Estados Unidos).



Para encurtar o papo, a exposição tem obras de cair o queixo, delicadas, criativas, como se saídas dos sonhos dos pequenos.  A impressão que fica é que a história, seja ela qual for, foi escrita a partir daquela junção de cores e rabiscos e não o contrário. E que os desenhos viraram coisa de gente grande.

Serviço: MACLI. CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro. De terça a domingo, das 9h às 19h. Tel.: 3321-4400. Livre. Local com acesso para pessoas com necessidades especiais. Até 16/02. Grátis

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mais quadrinhos: Turma da Febeca





O jornalista e ilustrador Victor Klier criou, em 2006, histórias em quadrinhos com personagens diferentes: A Turma da Febeca. No projeto, o artista, que já foi roteirista de Ziraldo, se debruça sobre o dia a dia de crianças e jovens com algum tipo de deficiência ou patologia. E também dá voz a personagens com características polêmicas para os padrões atuais, como mesmo define. Estão lá homossexuais, ateus e órfãos.

A ideia é super bacana porque o foco não está no vitimismo, mas sim nos conflitos engraçados que rodeiam pessoas que não deixaram de ser pessoas. Simples assim. Que têm amigos, estudam, fofocam, criam casos divertidos, aprontam e dão muita risada.

Como canta Ney Matogrosso "Todo mundo tem direito a vida; todo mundo tem direito igual". São as diferenças que dão colorido ao mundo.

Vale a pena conferir!

Porque as provas não provam...


Por Alexandre Beck